sábado, 30 de maio de 2015

Quebra-cabeça da vida

Desde que comecei o trabalho novo ainda não tive tempo de postar nada decente aqui no blog. Já escrevi vários posts que ficam presos na caixa de rascunhos porque literalmente são só palavras sem anexo, que levam o texto a lugar nenhum. Foi então que percebi que existe algo muito errado acontecendo.

A história começa com o fim da licença maternidade e a volta a um escritório completamente desorganizado e sem futuro. Era hora de uma mudança! E sim, eu estava certa, estava na hora de mudar, mas o medo me impediu de buscar algo que eu realmente gostasse fazer. Agora com um bebê, vivendo em um país estranho, sem ajuda dos pais que moram do outro lado do oceano... eu optei pela estabilidade. Encontrei outro trabalho super rápido, que pagava mais, as horas negociadas (saindo duas vezes na semana as 15h para estar com a minha filha), possibilidade de trabalhar desde casa quando necessário. Parecia tudo muito bom para ser verdade.

E o teste de fogo veio agora! Minha filha doente, a creche não podendo ficar com ela, meus pais no Brasil e os do meu marido há 3 horas de viagem daqui, tivemos que nos virar. Alternando os dias em ficar com a Lee em casa, e contamos com a compreensão de nossos chefes. Ele recebeu total apoio do trabalho dele, e eu? Lembra da chefe gente boa que era super flexível? Pois é, não sei onde ela foi parar. Ela fez da minha vida um inferno esta semana. Cheguei ao ponto de agora estar acordada e preocupada com o estado febril da pequena, e o medo de ter que ligar para ela de manhã e dizer: desculpa, ela ainda está com febre, não posso ir trabalhar.

Sim, minha filha é mais importante do que meu trabalho. Não, sem trabalho não temos como pagar as contas. Como encontrar o equilibrio? O desespero foi batendo, comecei a procurar na net "trabalho para mães", buscando algo que me dê esperança de encontrar o caminho de como ser uma mãe que trabalha. No nosso caso o agravante é que não tem avós por perto para ajudar, e tão pouco dá para pagar babá. E aí?

Além de tudo, estou gripada. Garganta inflamada, febre, mas não me atrevo pedir o dia livre por motivo de doença, porque quero guardar estes dias para cuidar da Lee quando ela estiver mal. Então tomo um bom chá, um bom analgésico e assim a gente vai levando.

Por outro lado sinto que é Deus me empurrando para fazer o que realmente gosto de fazer. Abraçar meu dom e confiar que tudo vai dar certo. As dúvidas, porém, são aterrorizantes. A falta de fé bate, e como sempre vou em encolhendo no cantinho do que é mais cômodo. Só que esse cantinho esta ficando cada vez mais pequeno e o momento da decisão vai chegar.

Não sou a única nessa encruzilhada. Somos milhares de mães que estão dispostas a sacrificar carreira, tempo, e até saúde pelo bem dos seus filhos. A vocês, guerreiras de todos os dias, meu total respeito e admiração. Hoje é um dia (uma noite, no meu caso) onde não vejo mais além, onde a preocupação com o meu futuro e o futuro dela toma conta de mim. Mas em algum lugar dessa alma medrosa existe uma faísca de fé que só precisa de um pouco de oxigênio para virar chama e me dar forças para mais um dia. Então, hora de respirar fundo para deixar esse oxigênio entrar!

*Just breathe*

Um comentário:

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