terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

DIY - Renovando móvel velho.

Temos duas cadeiras aqui em casa que já vieram de segunda mão. Na verdade temos muita coisa de segunda mão aqui,  mas essas eram as únicas peças que estavam meio acabadinhas. Apesar disso, eu amo as cadeiras!

Um par simples, mas clássico, antigo e de madeira de verdade. A cada mudança eu carrego elas comigo, mesmo com o marido protestando atrás! Por que? Porque o plano era reformar as cadeiras, mas há 5 anos estou dizendo isso e fazendo absolutamente nada a respeito!

Não fazia nada porque tinha preguiça de buscar alguém que fizesse, e mesmo que encontrasse não ia querer negociar. Meu digníssimo tão pouco ajudaria porque por ele as cadeiras já tinham virado pó. E para fazer eu mesma tinha que ser de forma simples porque eu sou desastrada. Sou mesmo! Adoro projetos DYI mas se for muito difícil corro risco de tocar fogo na casa! Então, todos os que eu posto aqui são à prova de bobos, como eu. 

Agora, no fim da licença maternidade, tomei coragem! E decidi que ia fazer eu mesma! Peguei um daqueles tutoriais no Pinterest, traduzi a lista de materiais necessários e fui na loja com a listinha no meu pobre hebraico para comprar as coisas. 

1) lixa 
2) tinta à base de água 
3) pincel 
4) luvas

Ou seja, 4 coisas! Um projeto que requer só isso não podia ser difícil! E realmente não foi. 

Lixei a cadeira para que a tinta se fixasse bem e porque foi isso que todos os tutorais me mandaram fazer, tirei o acolchoado, e pintei a bendita cadeira! :) me senti tão corajosa que resolvi até improvisar um forro novo para a cadeira! E deu certo!

Algumas informações importantes:
- A tinta demorou 12 horas para secar totalmente e sair aquele cheiro, então coloque para secar em lugar arejado
- Tinta à base de água é mais fácil de limpar e menos tóxica, ideal para quem tem filho e/ou animais de estimação.

Estava toda empenhada enquanto a Lee e o Stewie me olhavam de longe. Entre lixar e pintar foram-se uns 40 minutos. O acolchoado demorou um pouco mais porque tive que improvisar, mas saiu. Depois da cadeira pronta eu queimava de orgulho! Tanto que ninguém vai poder sentar nela. 

E porque eu gosto de matar a cobra e mostrar o pau, FOTOS!!!



Bom, agora falta a segunda cadeira...











segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Crônica - Criando Filhos Para o Mundo



Estava conversando conversando com uma amiga sobre coisas da vida, para variar. Em duas semanas volto a trabalhar, em duas semanas a Lee vai para a creche. Meu instinto materno me faz tremer só de pensar que a pequena vai estar longe de mim, sendo cuidada por outra pessoa e não vou estar perto para protegê-la. E ai minha amiga repetiu a sabedoria milenar que faz com que nós, mamães, aceitemos o inevitável: "Criamos filhos para o mundo".

Pensei bastante sobre isso nestes últimos dias. Na profundidade dessa verdade e nas implicações reais dela. Olhei para a minha própria vida. Sai de casa aos 20 anos, fui morar bem longe, nos EUA. Naquele mesmo ano meu pai tinha falecido, minha mãe desempregada, meu irmão ainda menor idade, meu tio no hospital, família em crise financeira. Naquele ano a vida começou de uma maneira e terminou de outra para todos nós. 

Para mim foi difícil aceitar todas as mudanças, mas hoje me coloco no lugar da minha mãe. Sem forma de manter a família, o marido que faleceu, sozinha com os filhos. Olhando para aquele tenebroso ano de 2005, tenho que dizer que minha mãe foi uma rocha. E toda a criação que ela nos deu foi testada num batismo de fogo. 

Hoje, se eu sei me virar nesse mundo cão, devo a ela. Devo ao fato de que ela aceitou que me criava para o mundo. Sei hoje o quanto o coração dela se preocupava cada vez que estávamos longe do olhar protetor dela, mesmo assim, fomos a creches, escolas, passeios, fomos brincar na casa de amigos, viagens, tudo sem ela. Quando cheguei aos EUA, passei o primeiro dia no meu novo quarto olhando para o teto e chorando, como criança pequena, eu queria minha mãe. 

2015.... 10 anos se passaram, e continuo vivendo no exterior. Num país tecnicamente considerado zona de guerra. Não satisfeita, ainda resolvi ter a neta dela aqui, longe. Mas agora como mãe, entendo cada telefonema preocupado, cada olhar cheio de dúvida e cada abraço apertado cheio de "fica debaixo das minhas asas". 


Cada mãe, cada pai, vive e morre com a dúvida: será que ele/ela vai ficar bem? Essa preocupação que nunca acaba, faz parte da descrição de trabalho de toda mãe. E a única coisa que temos para aguentar essa barra é a fé de há um Deus que se preocupa ainda mais, e Ele sim está com os nossos pequenos o tempo todo. 

Ser criado para o mundo é ser criado com a segurança de que não importa onde você estiver ou o que acontecer, você é amado. É ser criado para lidar com as situações dessa vida, e além disso tudo, é ser criado para aqueles dias quando os nossos pais já não estão mais aqui. E mesmo diante das coisas mais terríveis desse mundo ter compaixão, amor, fé, sabedoria, humildade e honestidade. Isso é ser criado para o mundo. 

Cada um de nós nasce e cresce para servir um propósito nessa vida. Não estou falando somente de ser o próximo Steve Jobs, ou coisa do tipo, mas temos que lembrar de que desde a presidência até os trabalhos mais simples e esquecidos no mundo servem para o bem comum da nossa sociedade. O médico, o lixeiro, o advogado, atores, músicos, engenheiros, escritores, professores e assim por diante, tem como propósito fazer a maquina da sociedade funcionar e dar continuidade a raça humana da melhor maneira possível. 



Tenho que criar a Lee para ser alguém que um dia pode curar uma pessoa, dirigir uma nação, ou simplesmente trazer a alegria para a vida de outros. Para ser parte ativa desse mundo, para combater ideologias repressivas e absurdas, praticar o bem, e fazer a parte dela nessa sociedade que parte fundamental da nossa existência. Ir para a creche e interagir com outras crianças é o primeiro passo dessa longa (se Deus quiser) jornada que será a vida dela. 

A natureza faz com que os pais queiram super protetores, e a mesma natureza faz com que os filhos queiram ser  super independentes. Mas como tudo na vida, o ideal é estar no equilíbrio, sem pesar em nenhum dos extremos. 

Termino deixando um artigo do Just Real Moms que achei muito legal: "9 Habilidades Essências Que Toda Criança Deve Aprender"

Um abraço forte para você e outro para sua mãe! :) 

Letícia. 


quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Crônica - Sogras, cunhadas e afins

Fim de semana foi cheio de emoções! Para o meu marido emoções do tipo, alegria, para mim do tipo ... raiva! Normalmente eu adoro reuniões familiares, mas desde que a Lee nasceu eu adoro é fugir delas.

Por que? Porque a partir do momento em que você ganha um filho todos os seus familiares e agregados viram pedagogos, médicos e especialistas em CuidarDaVidaAlheia. Coisa que eu odeio. Pessoalmente, não gosto nem de dar conselhos e opinões a amigos chegados, muito menos estranhos. Da mesma forma que não me meto, espero que não se metam na minha vida... o que não acontece.

Então aqui vai um exemplo:

Hora do almoço, chegamos, a Lee tinha mamado e era hora dela dormir. Pedi para o meu marido pegar o carrinho e ali colocamos ela para dormir.

Em casa, eu coloco ela na cama e em 5 minutos ela esta dormindo, com o barulho que seja. Na rua, coloco o carrinho dela em um cantinho e ela dorme também em 5 minutos, abraçada com seu lençol. Claro que estou de olho, sempre, com medo dela sufocar. Mas é assim que ela dorme, TODOS OS DIAS.

Quando no dia do bendito almoço coloquei ela no carrinho, pelo menos 5 mulheres que nunca vi na vida iam no carrinho para olhar se a bebê estava bem, e cada uma delas vinha com uma sugestão de como fazer a menina dormir , e de porque colocar ela no carrinho com o lençol era muito perigoso. Porque CLARO, todo mundo sabe cuidar melhor da minha filha do que eu, que passo o dia inteiro com ela.

Só queria saber onde esse povo, que adora se meter na vida dos outros sem ser chamado, esta quando as minhas contas chegam. Preciso de alguém para pagar por elas!

Foi tanta gente preocupada com o bem estar da Lee -- porque a mãe dela é uma incompetente irresponsável -- que mudei o carrinho para uma outra sala, com uma porta, que ficou fechada. Agradeci as tias preocupadas que nunca vi na vida, e sentei para almoçar enquanto minha filha dormia muito bem, obrigada.

Terminei de almoçar, a Lee acordou, e fui para a sala com ela enquanto o povo terminava de comer. A Lee tem 5 meses e comecou a se virar e a se sentar sozinha. A pediatra disse para encorajar porque isso ajudaria no desenvolvimento dela. Enquanto estou fazendo os exercicíos que a pediatra ensinou, vem uma tia HORRORIZADA, GRITANDO: "NÃO COLOQUE ELA SENTADA!!! FAZ MAL!". A casa ficou em silêncio, e a tia já ia se abaixando para pegar a Lee no colo quando meti a mão na cara dela e respondi: "Obrigada por se preocupar, só estou fazendo os exercicíos que a PEDIATRA MANDOU. Sabe né? Aquela pessoa que estou 12 anos para se tornar médica especializada em crianças".

Tá... fui grossa, mas já eram 4 horas dentro daquela casa recebendo conselhos e recomendações que não pedi, tendo que dar explicações que não devo a ninguém, e fazer cara bonita quando alguém indiretamente assume que você é uma mãe terrível e dizem que "não é por mal, é só reflexo". Deveriam inventar remédio para repelir gente intrometida, como não inventaram, falta de paciência seguida de respostas curtas e grossas tendem a funcionar!

Reação da tia com a minha atitude:

Reação do meu marido, contorcendo o pâncreas para não rir:



Ao que me parece de todas as tias chatas presente, aquela era a rainha do inferno! Só sei que depois daquela ninguém mais se meteu com a Lee. Até minha sogra insistir pela 1000 vez em que tínhamos que aceitar o berço que minha cunhada queria "dar" para a gente.

Respirei fundo, vi que o meu marido completamente IGNOROU a mãe, mas como que não queria escutar mais sobre o assunto resolvi responder. E como a outra tia tinha liberado o dragão dentro de mim, resolvi que estava cedo demais para voltar a controlar o bicho! Vai que alguém mais tentava dizer como a Lee estava com frio apesar das 3 camadas de roupas que ela tinha!

A resposta começou com um sorriso amarelo, e o maridão correu com medo de que sobrasse para ele: "Sogra, obrigada, mas não. O quarto da Lee é montessoriano, não tem berço. Mas eu já tinha te dito isso, porém MAIS UMA VEZ você resolveu tocar no assunto, e na frente de todo mundo. Então, pela ultima vez, não, obrigada. Não precisamos de berço".

Minha cunhada, sem qualquer amor pela vida dela, resolve tentar me intimidar: "Mas ela dorme no chão?", com cara de c*.

Eu: Ela dorme num colchão, que fica no chão. Mas no chão tem um tatame que ajuda isolar o frio e protege ela de quedas. Os brinquedos são assim e assado, etc."-- Fui explicando a filosofia.

Cunhada, desdenhando: "Ai, essas novas teorias de hoje em dia!"

Eu, com a pressão arterial explodindo: "Bem, vamos começar pelo fato que com o seu primeiro filho a gente não podia nem respirar perto dele por causa dos germes, e agora o seu terceiro esta perto do prato de comida do gato colocando a ração na boca, e ontem e ele estava comendo grama -- apontei para a criança que estava torturando o gato e LITERALMENTE comendo a ração -- E a filosofia montessoriana é usada há décadas em praticamante todos os jardins de infância no mundo todo, inclusive o jardim onde seus filhos vão. Por isso por exemplo, a hora do cochilo é feita num quarto com todo mundo junto, os moveis são pequenos do tamanho da criança, fora que tanto eu como o meu irmão crescemos com quartos assim."

Silêncio da cunhada, meu cunhado tentado amenizar fazendo piadas, e o marido da cunhada lavando a boca do filho com agua sanitária. E meu marido? Assim ...

Sábado ele viaja... quinta feira que vem meus sogros vem ficar 5 dias comigo para me "ajudar". Quem quiser me ajudar também, pode mandar caixas de lexotan aqui para casa!

Beijo!!! Nunca se mete na vida alheia sem permissão! #ficaadica

Letícia.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Por um parto normal tranquilo

Uma amiga está querendo engravidar e , como sempre, o assunto sempre termina com aquela pergunta: como foi o seu parto? Eu escrevi há um tempo atrás um post sobre a recuperação pós-parto (que você pode ler aqui), mas hoje vamos falar sobre pré-parto tanto! Como qualquer exercício físico, é bom se preparar! E sim, grande parte do processo esta nas mãos da mãe natureza, mas é sempre bom saber o que realmente acontece durante o parto e o que você pode fazer para facilitar esse momento mágico!

Sim! Apesar da dor, é um momento mágico! E com o primeiro sorriso do seu bebê você faria tudo de novo!

Para começar vou contar um pouco da minha história: meu parto foi induzido na semana 41+2, com Pitocin intravenoso. Antes do Pitocin, eles tentaram outro método, mas a Lilica não queria nascer nem por um decreto! Depois de 24 horas de contrações a cada 3 minutos, me levaram para sala de parto onde administraram o Pitocin, e aí foi que o bicho pegou! Com 3cm de dilatação, eu não aguentei e pedi uma peridural. Depois disso, foi tudo lindo! Sem dor alguma, com ajuda da parteira no hospital a Lee nasceu!

O que eu teria feito diferente? Muita coisa! E que vou colocar em prática para a próxima gravidez!

Pré-Parto: A massagem do períneo.

O períneo é um conjunto de músculos localizados na parte intíma da mulher. Mais famoso por ser "cortado" durante o parte normal! Bem,  esta é a verdade: ELE NÃO PRECISA SER CORTADO! Eu não recebi nenhum corte do períneo durante o parto e conheço muitas outras que também não precisaram! Por que? Por causa dessa santa massagem!

No seu ultimo trimestre, compre um oleo de amêndoas, e faça a massagem como se ensina neste video:

Leve o óleo para a sala de parto. No meu caso, enquanto a Lee descia pelo canal vaginal, a enfermeira fazia a massagem. E pronto: nem um corte para contar história! Eu só fiz a massagem na sala de parto, e hoje entendo os benefícios dela. Com certeza, para o próximo parto, no terceiro trimestre, religiosamente farei a santa massagem!

No Parto: Peridural


A anestesia peridural foi ótima! Parto normal sem dor! Que maravilha! Duas horas depois do parto eu já estava de pé, caminhando no hospital. Recomendo! Mas, por receber a anestesia eu não podia me mover.

Caminhar é o segredo de um parto normal bem sucedido, acelera o processo e ajuda o bebê a encontrar a melhor posição para o nascimento. Mulheres que movem durante o parto (não precisa correr uma maratona! A bola de pilates é suficiente!!!) dilatam melhor e mais rapido, e na hora de empurrar as chances de dilaceração são pequenas. Ou seja, você pode sair sim da sala de parto sem um ponto se quer.

Agora um pouco de conteúdo explicito -- se não tiver estômago, pule essa parte!
No meu caso, sofri um rasgo na direção contraria ao períneo, e porque eu estava sagrando muito, tive que levar pontos. E levei MUITOS! Se talvez eu tivesse me movido mais durante a parte ativa do parto, isso não teria acontecido.

Pós-parto: O poder do Sal de Epsom

Logo depois do parto, as enfermeiras me falaram sobre o sal de Epsom (sulfato de magnésio) e como usar para ajudar na recuperação e cicatrização dos pontos. Eu ignorei... e me ferrei! Tive que passar por uma pequena cirurgia para corrigir os pontos. Mas na recuperação da cirurgia aprendi a lição! Fiz ESTOQUE de Sal de Epsom e tomei meus anti-inflamatórios! 

Se você não tem problema de cicatrização, muito bem para você! Mas eu tenho e toda ajuda é necessária! O que aprendi com a minha teimosia: 

- Se lavar a cada duas horas pelo menos, com sabão e água primeiro e depois sal de Epsom! Pegue uma garrafinha esportiva, encha com água e coloque sal de Epsom dentro, pronto! 

- Compre absorventes do tipo fininho para fazer compressas de gelo. Aqui vai o passo a passo: água + sulfato de magnesio; colocar o absorvente para chupar a mistura; colocar os absorventes num saquinho de ziploc; botar no congelador. Para evitar o contato direto do gelo com a pele, eu colocava um pedaço de gaze no absorvente. 


O gelo ajuda aliviar o incomodo, e o sal de Epsom ajuda a cicatrizar. :) Segredos de doula! 


Recomendo também leitura sobre o assunto e se informe! Parto normal não é nada de outro mundo, como as mulheres no Brasil pensam! Leia, veja documentários, programas, converse com doulas, parteiras e médicos. Se não há risco de morte durante o parto, e isso ocorre em situações extremas, você pode sim ter um parto normal!

Para as que falam inglês,  aqui vai uma recomendação de programa de TV: "One born every minute", que mostra a maternidades na Inglaterra. O sistema é bem parecido com o sistema aqui em Israel, então eu praticamente assistia esse programa no YouTube o dia todo!


E recomendo o documentário "O Renascimento do Parto" ou a versão americana "The business of being born".



Parto normal sem misticismo e sem medo! Informe-se!!! :)









domingo, 8 de fevereiro de 2015

As vezes no silêncio da noite... Eu acordo para ver se minha filha estárespirando!

E é isso meninas! A Lee vai fazer cinco meses, e eu ainda acordo de madrugada , não por ela, mas pela minha paranoia que não tira férias! A menina linda dormindo como um anjo e eu como um zumbi olhando pra ela na cama para ver se ela se mexe! #aloka

Eu sei, mãe de primeira viagem! Eu sei que vai passar, eu sei que está tudo bem, mas é incontrolável! Meu marido achava que eu era louca até hoje de manhã. 

8am. Ele já está atrasado para ir trabalhar, eu ainda dormindo. O querido vem e me acorda: 

Ele: A Lee ainda está dormindo! 
Eu: que bom, então vou dormir mais um pouco. 
Ele: será que ela tá bem? 

Homens, NUNCA na vidinha de vocês diga isso para uma mãe! JAMAIS!!! Eu pulei da cama já imaginando o pior!!! Eu posso, eu sou mãe! Carreguei 9 meses e pari, parto normal! 



Vamos os dois para o quarto dela. A boneca imóvel na cama. Os dois idiotas 
olhando, buscando um sinal de vida. Mas o medo de acordar a pequena era tanto que até prendemos a respiração! Ela, como se tivesse adivinhado que os pais retardados estavam surtando do lado da cama dela, se vira meio que se espereguiçando e continua dormindo de boa. 

Nisso saímos do quarto na ponta do pé, felizes, e tranquilões. Eu, me sentindo menos louca sabendo que meu marido também checa se ela está respirando, e ele mais tranquilo porque sim. 

Até que o cachorro começou a latir, ela acordou aos berros, e o dia começou! Bom dia para você também. 

Filhos, tenham pena dos seus pais! Eles passaram noites em claro vendo sua barriga subir e descer para ter CERTEZA que estava tudo bem! 


Episiotomy correction

This post is in English because apparently in Brazil 80% of births are c-sections and most of my country women had no idea of what I'm taking about. When I did try to explain, they looked at me like I was out of this world and a weirdo for having a vaginal birth. One of the many reasons I decided to leave the country. I am now in Israel where 90% of births are the normal way. 

So all the information I did find on the subject was in English. And I also found many women out there about to do this procedure and they were as lost as me! So this is for you girls!!! 

The surgery was actually very simple and fast! It lasted a total of 20 minutes, general anesthesia that kicked in super fast, and I woke up a few minutes later in the recovery room in pain, but I could feel the improvement already. A week later no pain whatsoever, and now,  2 weeks after, completely healed. Best tips I can give you: cold compress, washing and drying the area and for pete's sake... Take your anti inflammatories!!!! If you are breastfeeding, like I am, Advil did the trick. 

I teared naturally, upwards, in the opposite direction on the perineum. Yes, I know... So when they stitched me, they did it a little too much, so the surgery was to correct that, and remove some scar tissue from the original stitching. 

For the first time, 5 months after the birth of my daughter, I'm pain free. So if you also have doubts regarding the surgery, here are my words of advice for you: do it! No need to be scared. It will make all the difference and you will feel much better! 

If you need more details, feel free to email me!

Good luck, mamas!!! 


segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Como argumentar com o seu marido.

Faz tempo que não escrevo por aqui! É que entre procurar emprego, procurar um novo apartamento, recuperar de um cirurgia, cuidar de um bebê, cuidar da casa, do cachorro e do Marido - nesta ordem - minha sanidade foi parar na casa do cacete. 




Mas enfim, são 3am e estava de bobeira, por que não postar algo aqui? :) a começar pela recuperação da minha cirurgia e da falta de lógica do sexo masculino. Basicamente fiz uma cirurgia para "reconstruir" os países baixos que ficaram completamente destruídos depois de dar à luz a minha linda filhota. Nada fácil, não dá para sentar, caminhar e até deitar complica - já disse que são 3am??? 

Meu marido não consegue entender a dimensão da dor. Então, tive que usar de recursos linguisticos apropriados para se falar com o sexo masculino: 

Marido: por que a Lee está dormindo na nossa cama? 

Eu: Porque ela acordou de madrugada e não posso ficar levantando e deitando toda hora, dói. 

Marido: Mas ela vai ficar mal acostumada.

Eu: (*paciência que já é curta chegando a graus negativos) Neste exato momento, é mais fácil para mim se ela dormir do meu lado. Lembra que eu sou a fonte de comida dela. 

Marido: Mas depois vai ficar difícil para ensinar a ela a voltar a dormir no quarto dela. 

Eu: (*paciência explodiu e ficou em pedaços no chão do quarto) Amor.... Imagina que você teve que reconstruir o seu c* ... (Sentindo minha voz ficar alterada)... Ai você esta cheio de pontos e mal consegue andar. Dor e mais dor... E no meio da noite você precisa acordar para amamentar aquele ser que rege nossas vidas. Mas não posso sentar para amamentar, então amamento deitada, e acabo dormindo. É assim que Lee termina no nosso quarto de manhã. 

Marido: mas...

Eu: então vamos fazer o seguinte... Eu deixo mamadeira penta e quando ela acordar de madrugada, daqui por diante, você vai lá e dá a mamadeira e coloca ela para dormir de novo. Tá? 

Nunca mais ele tocou no assunto. Porque como diz o ditado, pimenta no c....olhos dos outros é refresco. Toda solução é fácil quando outra pessoa menos você tenha que implementar... Essa é a lógica dos maridos. 

Minha resposta para essas soluções super simples que os maridos apresentam: não gostou? Faz melhor. 

Senta e observa o circo pegar fogo! Com pipoca e guaraná. Ou cerveja, vodka, tequila...