Então, com a minha volta ao trabalho fica assim: ele deixa a Lee na creche e eu busco. Esta semana, excepcionalmente, eu levo e ele busca. Marido tá em casa "muito doente" com 37 graus de febre...
Ontem, foi o primeiro dia. Chego em casa esbaforida porque praticamente corri do ponto de ônibus até o prédio e subi 4 andares de escada, porque eu gosto de sofrer e ansiosa para ver a carinha da Lilica!! Chego e meu marido esta todo bonitinho dando maçã para ela e ela toda feliz. Lindo! Até que vi que estava faltando meia, casaco, e lembrei que não tinha visto a capa de chuva do carrinho quando passei correndo por ele na entrada do prédio.
Pra variar, pergunto onde estão as coisas e ele me faz aquela Cara de Marido, de tipo, não tenho ideia do que se tratam essas palavras saindo da sua boca!
Tava cansada e decidi que ia ficar para o dia seguinte porque ainda tinha que dar banho na Lee, amamentar, colocar ela pra dormir, cozinhar, tomar banho, estudar e, em algum ponto da noite dormir. Comecei a delegar igual faço no trabalho porque não tem como fazer tudo ao mesmo tempo. Você faz isso, eu faço aquilo, uma mão lava a outra e as duas lavam a cara.
Hoje, resolvi fotografar e mandar instruções claras do que ele tinha que fazer e se lembrar. Meu marido é ótimo arrumando as contas e burocracia, mas completamente perdido quando se trata da filha. É igual colocar um gato dentro da máquina de lavar roupa.
Para não ver esta mesmíssima cara hoje, resolvi deixar instruções para o
Marido, com fotos:
"Oi amor! Isso era o que ela estava vestindo quando foi pra a creche. Por favor, certifique-se que ela volte com tudo para a casa" -- foto dapequena.
"Quando você voltar com ela, por favor, cubra o carrinho se não o gato de rua vai pensar que é cama para ele. O lençol que uso para cobrir o carrinho está na parte de baixo. Cubra deste jeito: .... "
E o resto foi algo do tipo: cadê a capa de chuva do carrinho, pergunta na creche se está lá, porque se você deixou no carrinho... Já era! Alguém robou. Não o culpei, deixei ele pensar numa resposta convincente caso ele realmente tivesse deixado a capa dando mole na entrada do prédio. Fiz isso porque eu amo ele e não quero passar o resto da minha vida na cadeia por homicídio doloso.
Estou a caminho de casa agora, depois de uma longa jornada de trabalho. Ansiosa para ver a minha pequena com todas as suas peças de roupa e a capa de chuva do carrinho!
Se hoje as instruções deram certo, amanhã a gente repete o mesmo esquema e isso se chama casamento.
Nenhum comentário:
Postar um comentário