segunda-feira, 19 de maio de 2014

Nossas histórias: Aline do Paraná (Sobre os Direitos da Gestante)

 

A história de hoje é da Aline!

Ela me contactou pelo fórum do E-Family, contando a história dela.

Obrigada Aline por compartilhar o seu relato conosco! :) 

"Olá Letícia, meu nome é Aline e tenho 25 anos e optei por meu filho vir ao mundo através de uma cesárea eletiva. E ele realmente veio ao mundo de cesárea, mas apressadinho que era, veio antes um pouquinho. Antes de engravidar tinha plena convicção de que gostaria de ter cesárea, no entanto, no decorrer da gestação fui pesquisando até que me bateu a vontade de tentar o parto normal.

Só que eu sempre fui muito sensível à dor, então veio o medo e fui me informando com outras mães que tiveram parto normal e vi o desrespeito com que elas foram tratadas. Moro numa cidade do interior do PR que é considerada uma das melhores do estado, porém afirmo que estamos muito atrasados em alguns quesitos, e a obstetrícia é um desses. Ouvi muitos relatos de violência obstétrica, não encontrei em nenhum hospital uma equipe especializada em parto humanizado e de todos os relatos que ouvi, em nenhum deles a mãe foi plenamente respeitada, sempre com a mesma desculpa de que não era possível atender à solicitação, pois poderia haver complicações. Ora que complicação iria ter a mãe querer o pai como acompanhante, uma anestesia assim que viu não suportaria a dor, ou que não queria uma episiotomia (que na maioria dos casos sabemos que é desnecessária)?

Eu queria um parto onde eu fosse respeitada, não que cesárea fosse mil maravilhas, mas o risco de sofrer alguma violência era muito menor, por isso quando o meu obstetra me perguntou que tipo de parto eu gostaria, não pensei duas vezes: cesárea.

Mesmo assim ainda tive meus direitos suprimidos, pois meu marido chegou pouco depois que eu entrei no centro cirúrgico e não permitiram mais sua entrada, uma vez que o anestesista se recusou a esperá-lo, porque aparentemente tinha mais o que fazer (depois ouvi ele dizendo que tinha uma festa de aniversário pra ir, compreendo que ele é humano, tem necessidade de lazer, mas ele feriu meu direito a um acompanhante porque não poderia chegar mais tarde num aniversário que iria durar ao longo do dia). Fiquei mais fula ainda quando ele levou a filha dele dentro do centro cirúrgico pra ver meu filho e a mim que estava sendo "fechada". Então uma criança pode entrar no centro cirúrgico, sem roupa esterilizada e meu marido foi impedido? Tirou direito ao pai de ser o primeiro a segurar o filho.

E foi desse jeito que meu pequeno veio ao mundo, mesmo eu fazendo uma escolha pra evitar que esse tipo de coisa acontecesse."





Depois do relato da Aline, encontrei um vídeo interessante sobre os direitos da gestante. Algo importante de se saber! Saiba quais são os seus direitos!!!



Se quiser contar a sua história, escreva para: leticia.shomer@gmail.com.

Um ótimo dia para todos nós! :)



3 comentários:

  1. Parabéns pela sensibilidade de aproveitar as oportunidades e colocar informação, aproveitando o tema do relato.

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  2. Olá! Fico feliz de ver meu relato e se ele puder ajudar outras gestantes melhor ainda... Espero que todas sejam respeitadas.

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  3. Obrigada Greice, e muito obrigada Aline!! :) Seu relato vai ajudar assim! Um abraço!

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